Olá pessoal,
Continuando nossa viagem pela África do Sul chegamos na cidade mais linda que já vi na minha vida, quantas belezas naturais, quantas paisagens incríveis e bem diferentes no mesmo lugar. Cape Town (ou Cidade do Cabo) foi uma surpresa gigantesca e superou todas as expectativas. Nunca imaginei um lugar tão lindo assim.
A Cidade do Cabo é o segundo maior centro financeiro, comercial e econômico ficando atrás apenas de Johanesburgo e isso você observa assim que coloca os pés na cidade, como eu me surpreendi com o desenvolvimento, os prédios modernos e os estabelecimentos.
Mas, chega de conversa e vamos continuar com o roteiro né 🙂
Dia 5: Table Mountain, The Old Biscuit Mill e Waterfront
O hotel que ficamos hospedados na Cidade do Cabo foi o Park Inn by Radisson, nosso quarto tinha até vista para a Table Mountain (na realidade dá pra olhar a montanha de quase toda a cidade kkk). E logo nesse primeiro dia tomamos o café do hotel (incrível por sinal) e já fomos direto para o passeio na Table Mountain porque não é sempre que está disponível a subida devido questões de vento e de neblina então tem que ficar tentando logo desde o primeiro dia e deu tudo certo.
Por se tratar de um sábado, assim que saímos da montanha fomos de uber (usamos muito na viagem) até o Old Biscuit Mill, é um mercado não só gastronômico mas, possui blocos com obras de arte, itens de design, artesanatos e o melhor dia para conhecer é no sábado. Restaurantes mais refinados também, inclusive o The Kitchen considerado um dos melhores do mundo fica ali próximo, nem preciso dizer que é disputadíssimo e precisa de reserva.
Achei incrível e super indico, aproveitei bastante, tomei kombucha, experimentei outras comidinhas diferentes, foquei tanto em aproveitar que acabei não fazendo muitas fotos.
Saindo do mercado pegamos novamente uber até o Waterfront que é na verdade onde a maioria das atrações se concentra. É uma zona portuária que foi revitalizada e atualmente um dos locais mais visitados da cidade.
Andamos bastante pela Marina e curtimos passar o fim de tarde por aqui, aproveitamos para jantar e a escolha foi o restaurante Baia, parece requintado mas, os valores dos pratos são bem em conta. A especialidade são frutos do mar e nós achamos ok, nada de mais.
Na volta para o hotel andando nos deparamos com esse Food Market e entramos para conhecer só rapidinho mesmo pois estava fechando e gostamos muito, possui uma praça de alimentação bem variada, bancas de chá, de ostras, de petiscos e uma série de outras coisas, amei e vale super a pena a visita. Gostamos tanto que voltamos no dia seguinte 🙂
Dia 6: Nobel Square, Food Market e Vinícolas em Stellenbosch
Domingão, depois do café no hotel fomos até a Torre do Relógio onde fica o prédio para comprar os tickets para o passeio para a Ilha onde Mandela ficou preso: Robben Island porém não conseguimos comprar para a mesma manhã e a tarde já tinha tour fechado para a Vinícola às 13h30 então compramos para terça às 9h.
Tudo para tentar aproveitar a cidade ao máximo. Com os tickets já providenciados e para não ficar com a manhã perdida fomos até a Nobel Square quase de frente para o V & A Food Market.
A Nobel Square é uma pequena praça onde estão imortalizados através de 4 esculturas, os ganhadores do prêmio Nobel da Paz do país, são eles: Nelson Mandela em 1993, Klerk (presidente que libertou Mandela e introduziu a democracia multirracial) em 1993, Desmond Tutu (arcebispo da Cidade do Cabo que teve papel importante na luta contra o apartheid e foi escolhido como mediador de conflitos) em 1984 e Albert Luthuli (combate não violento na luta contra o apartheid) em 1960.
Na lateral da praça fica o V&A Food Market que vimos na noite anterior e dessa vez entramos para conhecer com mais calma e comprar um lanche antes do passeio para a Vinícola. Sou muito suspeita para falar de mercados kkk mas, tem que conhecer e se possível experimente tudo que for típico. Eu por exemplo sai de lá com dezenas de caixas de Chá Rooibos que é típico da África e ainda influenciei Laise a comprar inclusive como lembrança. Boooom demaaais….
Voltamos para o hotel super rápido para não perder a hora do passeio. O carro da empresa foi pegar a Gome’s Family no hotel (como a reserva estava no nome de André o agente pensou que era todo mundo da mesma família, de certa forma sim).
Fizemos o passeio com a empresa Hylton Ross (fechamos os dois pacotes com eles, tanto vinícola como Cape Point). Você pode escolher o passeio para Vinícola o dia todo (990 rand) ou só metade do dia (720 rand). Passeio com direito a conhecer o centro da cidade de Stellenbosch e degustação em 2 vinícolas ( L’avenir e Mariane).
Foi uma tarde super agradável, passeio feito sem pressa com os guias explicando tudo durante o tour pela cidade e dentro das vinícolas também. Indico pelo menos esse passeio de meio período. O passeio que leva o dia inteiro além da região (cidade, não sei como chamo kkk) de Stellenbosch passa também pelas vinícolas de Franschhoek. Além dessas muito conhecidas tem também a mais antiga que é a Groot Constantia porém fica em outro sentido um pouco contramão.
A diferença das vinícolas na África são as degustações diferenciadas, nós acabamos fazendo essa tradicional harmonizando com queijos contudo descobri durante as pesquisas para o roteiro que tem vinícolas com harmonizações beeem diferentes como por exemplo a própria Groot Constantia faz harmonização com chocolate, a Delheim harmoniza com cupcake, Brenaissance com pizza, Clos Malverne com sorvete, Uitkyk com panquecas e por aí vai …Legal né 🙂
No fim do passeio pedimos para o carro da empresa nos deixar no Waterfront ao invés de deixar no hotel. Passamos o fim de noite por lá e fizemos uma lanche antes de ir para o hotel caminhando mesmo.
Dia 7: Seal Island, Simon’s Town, Boulders Beach, Cape Point e Botanical Garden
Segunda, dia 16 de abril, passeio para Cape Point dia inteiro fazendo várias paradas pelo caminho em pontos específicos com a mesma empresa Hylton Ross (990 rand) iniciando 8h30 e retornando só no fim do dia.
A primeira passagem foi pelas praias de Clifton e Camps Bay (se estiver de carro próprio faça uma parada aqui no Cafe Caprice e Zenzero). Paramos na Seal Island para fazer um passeio para olhar leões marinhos e que é opcional, não está incluso no pacote.
Depois passamos por Chapman’s Peak Drive, tem uma parte da estrada que passa “por dentro da montanha” não sei se dá pra entender, a pedra foi esculpida em sua lateral para passar essa estrada, é bem interessante e tem um observatório que eles param para que os turistas façam algumas fotos.
Próxima parada foi em Simon’s Town onde fica a Boulders Beach ou Praia dos Pinguins, isso mesmo, pinguins na África 🙂 é bem interessante pois durante o percurso até chegar na praia tem várias placas explicativas sobre a vida deles desde nascimento até vida adulta. Da pra ver até alguns ovos e as passagens/tuneis que eles usam para chegar até a praia.
Hora do almoço e teve uma parada antes de seguir para o Cabo da Boa Esperança e o local escolhido foi o restaurante Two Oceans e que experiência mais maravilhosa. Da entrada até a sobremesa todos os pratos foram incríveis, aquela combinação de ingredientes inusitada que provoca aquela explosão de sabores inesquecível.
Satisfeitos e devidamente alimentados fomos encarar a subida até o Cape Point que nada mais é que o ponto mais ao sudoeste da África e ali bem próximo fica também a famosa placa indicando o Cabo da Boa Esperança conhecido das aulas de história como Cabo das Tormentas, nome dado pelo navegador português Bartolomeu Dias que foi quem o descobriu após enfrentar várias tormentas antes de chegar até ele. Contudo o rei de Portugal da época João II mudou o nome para Cabo da Boa Esperança pois ao se dobrado mostrava uma ligação entre os oceanos que levaria até as Índias.
Nesse mesmo local existe dois faróis para visitação um mais antigo e mais alto que não é mais utilizado pois fica a maior parte do tempo encoberto sem possibilitar visualização alguma e outro mais ao nível do mar, se tiver disposição só seguir e tomar cuidado com babuínos, tem muitos ali no local. No estacionamento vimos vários e os carros devem estar trancados pois eles sabem abrir.
A última parada foi no Botanical Garden, entrada não inclusa e como não era do nosso interesse ficamos aguardando do lado de fora as pessoas do grupo que resolveram entrar, fiquei distraída olhando uns artesanatos na loja que nem vi o tempo passar.
Amamos todo o passeio e a comodidade do tour mas, se quiser alugar carro e fazer por conta também dá super certo, vi alguns relatos que as estradas confundem, algumas entradas também ai acaba perdendo um pouco de tempo mas faz parte de quem tá explorando. Aconselho fazer essa exploração de carro curtindo cada ponto se tiver tempo e se não tiver e quiser aproveitar ao máximo melhor mesmo é fechar o pacote com uma agência e só curtir sem se preocupar com absolutamente nada.
Retornamos para o hotel e só saímos a noite para lanchar no Royale Eatery que nem estava nos planos iniciais e foi uma grata surpresa. Ambiente pequeno e acolhedor, decoração e iluminação bem aconchegante, agradável, atendimento bom e a comida melhor ainda.
Dia 8: Robben Island, V&A Food Market e Volta Johanesburgo
Chegou o dia do passeio para Robben Island das 9h às 12h, pegar barco na marina até a ilha e ao chegar na ilha entramos em um ônibus e percorremos toda ilha sem descer em quase nenhum ponto a não ser para conhecer as celas e aposento onde o Mandela esteve preso.
De todos os passeios foi o que eu mesmo curti, se quiser passar fique a vontade porém se gosta de história e principalmente se interessa saber mais sobre esse líder que lutou contra o apartheid acho que vai gostar. Como ficamos mais dentro do ônibus nem fiz fotos.
O almoço foi no V&A Waterfront (de novo toda hora, vc sempre vai rodar a cidade e parar aqui kkk) e grave o nome desse restaurante Balducci, foi onde eu comi a melhor massa da minha vidaaaaa, exagerando mesmo para você entender a maravilha desse lugar, todos na mesa amaram seus pratos, pena ter conhecido só no último dia e na última refeição na cidade pois se tivéssemos vindo antes teríamos repetido outros dias com certeza.
Finalizamos com a melhor das impressões, melhor estilo e antes de voltar para o hotel pra pegar as malas e seguir para o aeroporto rumo a Johanesburgo, fomos uma última vez no V&A Food Market pra Aurimar comer mais ostra e eu comprar mais chá Rooibos 🙂
Tenho nem palavras pra dizer o quanto amei essa cidade, o quanto ela me surpreendeu com tamanha beleza e como superou todas as expectativas. Espero que tenha oportunidade de voltar para curtir com mais calma cada cantinho maravilhoso.
Chegamos em Johanesburgo e ficamos hospedados no mesmo hotel, perto da Mandela Square e do melhor restaurante de carne da viagem que foi o The Butcher com a melhor sobremesa também só que dessa vez não repeti a carne, fui de salmão e malva pudding.
Dia 9: Johanesburgo: Soweto/Mandela House/Orlando Towers/Maboneng
Último dia de viagem e aquele desespero de não dar tempo de ver tudo que marcou no mapa kkkk
Depois do café no hotel fomos conhecer o bairro do Soweto e a Casa do MAndela.
Passamos pelo bairro/distrito de Maboneng também famoso pelas galerias de arte, fizemos tudo isso pela manhã e na correria de uber colocando várias paradas no aplicativo e o motorista foi super legal e ainda fez papel de guia 🙂
Tarde de descanso e arrumação de malas, a noite fomos à igreja quarta dia de Santa Ceia e o jantar de despedida acabamos nem registrando.
Foi uma viagem incrível, cidades que nos surpreenderam bastante principalmente Cidade do Cabo com suas belezas naturais indescritíveis.
Fica aqui essa opção de roteiro, espero que tenham gostado. Dúvidas e perguntas estarei aqui a disposição para ajudar.
Beijinhos e que Deus nos abençoe sempre
Taty Guimarães
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