Olá pessoal,
Vamos continuar nossa viagem agora com postagem dedicada somente a passagem pelo Egito que foi uma passagem relâmpago por sinal. Como falei na postagem sobre os gastos, fechamos um pacote incluindo tudo e não tivemos que nos preocupar com absolutamente nada.
O pacote foi feito com o guia Sheriff El Naggar, super indicado nos grupos de viagem e com excelentes avaliações, depois de conhecer nós indicamos também ainda mais que a especialidade dele é com brasileiros e o suporte que ele dá é fenomenal.
Estava incluso: auxílio na fronteira Eilat-Taba para tirar o visto, transporte por todos os lugares de van, hospedagem, subida Monte Sinai, algumas entradas de alguns passeios na cidade do Cairo. Os valores alteram dependendo da quantidade de pessoas, no nosso caso o casal que ia acabou desistindo e ficamos com assistência VIP com o motorista e guia só pra nós.
Acho de extrema importância fazer dessa forma e sendo uma pessoa de confiança como ele melhor ainda, devido a grande demanda que ele tem com brasileiros agora montou uma equipe e empresa chamada Star Day Tour e todo o contato foi feito com ele e nos encontramos no Cairo mas, o guia durante os passeios foi o Abdhul que falava espanhol.
Dia 1: Eilat/Israel -> Taba/Egito
Sexta – feira, 10 de maio, passamos a manhã em Eilat como descrevemos na postagem anterior e logo após o almoço pegamos um taxi da pousada até a fronteira entre Israel e Egito.
OBS 1: para sair de Israel para o Egito você paga taxa de 102 NIS por pessoa. Nesse mesmo guichê que você faz esse pagamento você pode trocar shekel por dólar para usar no Egito. Em seguida passa por um controle de passaportes e bagagens parecido com aeroporto e depois segue para uma região neutra, essa travessia é feita andando e é tudo perto, “você sai de um prédio para outro”.
OBS 2: a taxa do visto no Egito é de 25 dólares cada. Quando chegamos no prédio em Taba que faz o controle de passaportes estava em um horário em que eles fazem suas orações e não tinha quase nenhum funcionário, inclusive a pessoa que ia nos ajudar, ficamos esperando um pouco. Depois que ele chegou resolveu todos os trâmites burocráticos e foi tranquilo. A van com o guia e o motorista já estava nos esperando.
No caminho entre a fronteira e o hotel possui vários postos de controle e nenhum turista pode andar desacompanhado (falo especificamente desse acesso terrestre). Em todos o motorista teve que parar e informar nossos nomes, dizer que são turistas brasileiros e o destino que era o Monte Sinai e o hotel.
A maior parte do percurso foi passando pelo deserto, só fizemos essa parada rápida e depois direto para o hotel chegando bem no finalzinho da tarde.
Assim que chegamos até o hotel só deu tempo para esperar o jantar e depois descansar para subir o Monte Sinai de madrugada.
Dia 2: Monte Sinai
A saída do hotel foi marcada meia-noite de sexta para sábado e nos dirigimos para o local onde fica o monte para começar a subida exatamente 1h da manhã.
Dica: além desse horário de madrugada tem outro horário durante a tarde para ver o pôr do sol ao invés do nascer do sol porém penso que deve ser mais cansativo subir com aquele sol do Egito queimando a gente. Na madrugada o frio ameniza a situação e o fato de estar escuro e você não ver ao certo quanto caminho ainda tem para percorrer elimina o fator ansiedade também.
A subida é feita com auxílio de guias beduínos que ficam ali ao pé do monte (não sei dizer o valor pois estava incluso). Nosso guia foi Rudsein (pronúncia do nome mas não faço ideia como escreve), muito simpático e contador de histórias kkk falava inglês e contou que na semana anterior ele tinha conduzido o ator que interpretou Jesus na novela aqui no Brasil 🙂
Aconselho levar o mínimo de peso possível, nosso caso estávamos com casacos pesados de frio e ainda levamos uma mochila que depois percebemos que poderia ter ficado mas enfim… no caminho tem algumas banquinhas como essa que vendem água, café, chá, refri, barras de chocolate para dar aquela energia e lugar pra recuperar o fôlego e seguir adiante.
Iniciamos a subida 1h da manhã e chegamos até o topo 4h da manhã, fizemos até um tempo bom e foi uma vitória que não consigo nem descrever. Durante o percurso tem algumas pessoas com camelos para ajudar a subir mas não cedi, mesmo faltando o fôlego e as pernas titubeando, não desisti pois era o meu sacrifício.
Não tinha completado nem um ano da última cirurgia que tive que fazer e essa subida foi uma forma de agradecimento e superação, colocar todo meu eu de lado e fazer todo o esforço e sacrifício para agradecer por todo livramento e cuidado que Deus tem comigo desde sempre.
O Monte Sinai ou Monte Horebe ou Monte de Moisés foi o local onde Deus falou com Moisés e entregou as tábuas com os 10 mandamentos. Esse episódio aconteceu depois que Moisés libertou o povo da escravidão do Egito passando pelo Mar Vermelho (detalhes no livro de Êxodo).
A tradição e local mais aceito e visitado é este localizado em uma área chamada de Santa Catarina (Patrimônio Mundial da Unesco) na Península do Sinai Sul no Egito. É uma região considerada sagrada tanto pelo cristianismo como judaísmo e islamismo. Porém como tudo na história existem algumas controvérsias, algumas pesquisas indicam outra localização na Arábia Saudita.
Enfim, se tem algo que você vai ouvir muito dos guias quando visitar essas cidades é “segundo a tradição”, “o mais aceito”, é muito difícil afirmar o local EXATO onde ocorreu cada situação que conhecemos através da Bíblia mas com o tempo e as pesquisas vamos chegando aos locais aproximados.
Já conheço um Monte Sinai, espero conhecer o outro mas acredito que o acesso seja um pouquinho mais complicado. Gosto de trazer essas informações mas, vamos voltar para a postagem 🙂
Chegamos ao topo e ficamos admirando aquela vista e aguardando o nascer do sol. Acabei não comentando, durante a subida, mesmo tudo escuro, estava um céu LINDOO e tão estrelado que só lembrava da passagem onde Deus fala para Abraão olhar para o céu e tentar contar as estrelas. INESQUECÍVEL 🙂
Agora preparar para descida kkk
Finalizamos a descida por volta de 7h da manhã e fomos para o hotel para aí sim tomar o café da manhã. Não comentei mas, durante a subida tomei pouca água para não encher muito a bexiga e acabar atrapalhando ou demorando a subida (sim, tem banheiros no caminho porém nem tão próximos) e comprei umas barras de chocolate naquelas bancas pois não tinha de cereal. Aconselho levar esses lanches secos como cereal ou castanhas para dar uma energia.
Após o café no próprio hotel fizemos um último passeio até o Mosteiro Ortodoxo de St Catarina onde fica uma biblioteca com manuscritos antigos, uma igreja e um jardim. Lá também que encontramos o mesmo tipo de arbusto conhecida com a sarça ardente.
Terminando a visita retornamos para o hotel para fazer o check out e já pegamos a estrada em direção a cidade do Cairo (duração entre 6h e 7h). Chegamos no Hotel Amarante Pyramids na Cidade do Cairo já quase fim de tarde e aí sim conhecemos o Sheriff que foi nos encontrar lá.
Pela cara de cansados já sabem que optamos jantar no próprio hotel e dormir cedo para descansar pois no dia seguinte seria beeem intenso, um dia para conhecer o máximo da Cidade do Cairo.
Gostamos muuito do hotel do Cairo, quarto espaçoso e o jantar bem gostoso (o jantar não estava incluso). Se tiver interesse tem vídeos lá no Instagram nos destaques mostrando um pouco do hotel.
Dia 3: Cidade do Cairo
Domingo, 12 de maio, após o café no hotel (café incluso) seguimos sem demora para o primeiro passeio: Museu do Egito.
O Museu Egípcio situado na capital do país é o mais importante e conta com mais de 100 mil antiguidades egípcias e mais de 80 salas dividida em vários andares de um imenso palácio.
Muita perfeição em cada acessório, cada utensílio, tudo muito lindo, vale a pena a visita. Conseguimos olhar também algumas múmias fora da sala específica que tinha que pagar porém não tem como colocar a foto aqui obviamente só que é realmente incrível o estado de conservação, fiquei muito admirada.
Assim foi nossa visita pelo Museu Egípcio, muito interessante para conhecer essa cultura riquíssima. Depois fizemos um passeio pelo Rio Nilo bem rapidinho, o tempo estava meio nublado mesmo assim deu pra curtir um pouco (incluso).
Terminando o passeio no rio seguimos para uma loja para conhecer como eram feitos os papiros e se o visitante quiser pode escolher uma gravura e gravar seu nome usando o alfabeto de hieróglifos, bem interessante a visita.
Tá faltando um passeio que é a cara do Egito, se pisou no Egito tem que conhecer o que hein minha gente… as pirâmides, aquelas das nossas aulas de história, lembra? Quéops, Quéfrem e Miquerinos, gente que sensação mais surreal você entrar na história desse jeito.
Almoçamos em um restaurante com comida típica egípcia e muito deliciosa, depois conhecemos uma Casa de Essências, experimentamos vários óleos essenciais e aprendemos um pouco sobre a aromaterapia. Não podia faltar uma visita para comprar alguma peça de algodão egípcio.
Depois de toda essa andança sem parar e debaixo de um sol de rachar voltamos para o hotel e só saímos para o jantar perto do hotel mesmo com o Abdhul nos guiando e fazendo ter uma verdadeira experiência egípcia, pegando van, encarando o trânsito louco da cidade kkkkk. Tinha um passeio incluso com jantar e dança do ventre mas nós pulamos 🙂
Assim foi nossa passagem pelo Egito, espero que tenham gostado das dicas e roteiro com o essencial e imperdível. Lembrando que o foco sempre foi o Monte Sinai. Como já estaríamos no Egito resolvemos estender e fazer o pacote para conhecer pelo menos a capital do país mesmo que rapidinho e foi uma experiência que vamos levar para sempre por toda vida.
Beijinhos e que Deus nos abençoe sempre
Taty Guimarães
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